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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

UM SEGREDO ENTRE VÉUS





UM SEGREDO ENTRE VÉUS.

O espírito,
sensível,
tem duas asas.

Tem dois pés
que arremessam da terra
o corpo que sustenta.

No ar
ou na terra,
o coração pulsa,
calmo,
ou acelerado.

Na vida tudo é treino,
em voo,
ou assentado.

Verte a alma,
sorriso ou lágrima,
mas tudo o que deseja,
é sonho.

Alma bem vivida,
conhece a dor
e a alegria.

Não há espanto
em chorar ou sorrir,
se os olhos são bem vividos.

As asas pendem
para um lado ou para outro,
em contornos que faz o corpo,
a observar com olhar,
que prefere o sorriso,
mas conhece a dor.

Um dia será tudo alegria,
antes,
porém,
há de enfrentar
o que os olhos vêem,
em contornos que
as asas fazem,
porque são livres.

No fim,
tudo faz parte da vida,
porque tudo é experiência.

O pensar e o sentir
são dados flexíveis,
do negativo ao positivo,
mas ambos
pertencem à mesma escala.
São nascidos do mesmo amor.


Evaldo

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