UM SEGREDO ENTRE VÉUS.
O espírito,
sensível,
tem duas asas.
Tem dois pés
que arremessam da terra
o corpo que sustenta.
No ar
ou na terra,
o coração pulsa,
calmo,
ou acelerado.
Na vida tudo é treino,
em voo,
ou assentado.
Verte a alma,
sorriso ou lágrima,
mas tudo o que deseja,
é sonho.
Alma bem vivida,
conhece a dor
e a alegria.
Não há espanto
em chorar ou sorrir,
se os olhos são bem vividos.
As asas pendem
para um lado ou para outro,
em contornos que faz o corpo,
a observar com olhar,
que prefere o sorriso,
mas conhece a dor.
Um dia será tudo alegria,
antes,
porém,
há de enfrentar
o que os olhos vêem,
em contornos que
as asas fazem,
porque são livres.
No fim,
tudo faz parte da vida,
porque tudo é experiência.
O pensar e o sentir
são dados flexíveis,
do negativo ao positivo,
mas ambos
pertencem à mesma escala.
São nascidos do mesmo amor.
Evaldo