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segunda-feira, 18 de maio de 2015

A balança da justiça - crônica











JUSTIÇA: balança culpada?
Direita e esquerda
são dois pratos da balança.
A balança é uma eterna medidora de sonhos.
Não sei se ela é promotora da justiça
ou se é instigadora da cobiça.
De um lado supõe-se a existência do bem;
do outro a contrapartida:
se é contra o bem,
então é o mal.
É justo torcer para o equilíbrio?
O centro?
Se desejarmos assim, estaremos concordando
com a coexistência de ambos,
o bem e o mal.
Se esta ideia é verdadeira,
então estaremos ocupando um dos lados.
E qual é o nosso lado?
Todos os dias alimentamos o peso
de um dos pratos.
E o que pesamos?
Nossa consciência?
Ora, balança!
Você tem que ser justa.
Não pode ser rígida,
tem de deixar pender um dos lados
independente do bem e do mal.
Este é o modo de medirmos a nós mesmos.
Mas,
balança!
Você é cega,
não pode opinar
e alertar incautos.
Guarda contigo,
silente,
os sabores doces e amargos.
O homem há de experimentar os dois.
Não nos aprece para enxergarmos
o que somos.
Apenas guarde os seus segredos
na eternidade da vida
e continue oferecendo seus pratos
para que possamos medir
nossos erros e nossos acertos.
Sem culpa.


Evaldo




















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